segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

O Esboço do Fracasso


E esse tempo que não passa,
Não para.
E esse espaço que nos rodeia,
Que nos anseia e teima em aumentar.
Caminhos tortos que nos desviam
Talvez tenhamos mirado no mesmo caminho
Mas seguido em direções diferente,
Caminhando de costas.
Indiferença.

E esse aperto que não para
Não passa.
Me sinto em uma linha de fronte,
Só esperando a primeira bala,
Será que eu cáio e me finjo de morto?
Ou me levanto e tomo todos os adornos do meu ultrajante destino

Queria ser flor,
Para que mesmo em meu ultimo suspiro sendo esmagado de dor
Ainda consiga exaltar meu ultimo suspiro de amor
E perfumar minha morte e a vitória de meu agressor.

Me sinto tão distante que nem sei mais como voltar
Talvez eu nem precise mais voltar
Talvez eu nunca devesse ter vindo aqui

E esse vazio...

Sou pedra,
Sou peso,
Sou essa tal dor que esmaga e tira o ar,
Sou a dita ilusão que um dia miraste a procura de uma felicidade

A felicidade é um preço muito alto,
E o caminho é muito longo,
Muitos se perdem no caminho,
Talvez seja o meu momento.

Sou esse deserto,
Sem rumo,
Sem horizonte,
Sem eu,
Sem você.
Poque queres partir e se apegar a dor?
Poque se cobre com o manto do sofrimento e com ele tapa o sol da felicidade?
Poque prefere alimentar o espaço,
A lacuna?
Estou a beira de um absmos de mim.

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