quinta-feira, 23 de abril de 2009

SÍLABAS CEGAS DE SENTIDOS


É nesse instante quem me perco,
no bater do portão,
no caminho até casa,
na hora que eu te encontro e você não diz nada,
nas "Suas Falsas Realidades Impostas", me enfiando guela abaixo suas verdades preparadas,
que me cala, num silêncio tão profundo e atormentador,
Quanto as lágrimas que cairam naquela noite cinzenta, fria,
- E o que sinto tão diretamente tão irreal, que se torna parte de mim.
- Não me encontro mais em você, me encontro no tempo,no espaço, nos átomos ao meu redor, mas não em você, porque ?
Me encontro onde o que sintas por mim não seja abstrato,como o vento, que sopra nas noites quentes e refresca, mas não podemos toca-lo, nao podemos acaraia-lo, guarda-lo.
Como essas palavras que saem,
como um grito mudo de um animal feroz a beira da morte.
Essas palavras nunca tocadas, nunca colocadas em ordem.
Ordem ?
Que Ordem ?
Ordem que desajustou toda minha forma de viver, de agir.
- Queria eu voltar ao colo e ser acariciado e bajulado como um bebê de pais esteres que sonharão a vida toda em um filho, leva-me para teu sussego e dia que vai ficar tudo bem.Bem ?
Mas que bem ?
Que bem é esse que tanto me sufoca ?
Que tanto ignora meu corpo,
ignora os meus sentidos,
Ignora o meu jeito torto de viver e amar.
Já não aguento como antes, corro atras de verdades ilusorias que eu criei.
Eu Criei ?
Isso tudo foge do meu controle,
que foge de mim escondendo-se dentro de uma vazio,
vazio que está quase se igualando a vontade de ter você.
Tento encontrar formas, meios, palavras, para dizer- te o que sinto sem que me encares com desgostos,
já tenho tua ausência e teus "não sei"
Quero além do que isso,
além do que palavras,
porque não as encontro,
tenho medo ?
Será que tenho medo ?
Medo Talvez de descobrir que talvez eu nem precise tanto assim.
Não como minha vida, apenas como o ar que eu respiro,
Mas o ar que eu respiro está se tornado ausênte
E me sufoca.
Chega uma hora de tanto você correr pra todos os lugares acaba esquecido em lugar nenhum,
o sorriso tosco acanhado,
os olhares frios e cabisbaixo,
Já nem sei mais quem eu sou
Fui tantos
Fui até você, para poder te entender melhor,
acabei sem saber como voltar pra casa...
E os seus braços já não são tão reconfortantes...
E é essa liberdade que conduz ao desapego...
Agora estou disperso em um buraco sem fundo

2 comentários:

  1. hahahaha
    Verdade, eu também e eu sinto muito bem isso, e como eu me sinto toda vez no caminho de volta, eu sempre tenho que voltar...:/
    as vezes a gente tenta se perder, ma sem quere acaba se achando em um canto qualquer.

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